Governo descarta Cruz Vermelha e nova OS assumirá o Hospital de Trauma
Pivô da operação Calvário, Cruz Vermelha teve mandatário preso e sofreu intervenção do governo
Já não era sem tempo. O governo do estado decidiu dar um ‘cartão vermelho’ para a Cruz Vermelha Brasileira filial Rio Grande do Sul. A instituição administra o Hospital de Emergência e Trauma desde 2011, o primeiro ano de gestão do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB). Neste meio tempo, colecionou denúncias de corrupção, caracterizada por superfaturamentos, não comprovação de gastos e doações de propinas feitas a autoridades. A atuação dela, vale ressaltar, foi o pivô da operação Calvário, que levou para a cadeia dirigentes e servidores do governo do Estado.
Da Cruz Vermelha, inclusive, saiu aquela caixa de vinho recheada de dinheiro, de acordo com denúncia do Ministério Público, que teria como destino campanhas eleitorais paraibanas, em 2018. O mandatário dela, Daniel Gomes, está preso no Rio de Janeiro. A ex-secretária de Administração, Livânia Farias, responsável pela classificação da entidade como Organização Social, foi presa neste ano. Ela só conseguiu a liberdade após fazer colaboração premiada. Desqualificada para a atividade, a história da Cruz Vermelha com o governo, no entanto, chegará ao fim na próxima semana.
O secretário de Saúde do Estado, Geraldo Medeiros, explicou que a nova OS selecionada para comandar o Trauma será conhecida na próxima segunda-feira (1º). Duas foram credenciadas para a disputa: o Instituto Acqua e a Santa Casa de Misericórdia de Birigui, ambas de São Paulo. O contrato terá caráter emergencial, diz o dirigente, e terá duração de seis meses. A partir daí, haverá nova seleção para a escolha de nova organização social. O Hospital de Trauma está sob intervenção do governo do Estado desde o início do ano e há queixas de fornecedores e servidores de falta de pagamento.
O secretário garante que tudo será resolvido e que ninguém ficará sem pagamento. Casos parecidos foram verificados em Patos e Taperoá, onde o governo assumiu os pagamentos após o afastamento das organizações sociais que atuavam anteriormente.
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