Ex-ministro Geddel Vieira Lima é preso novamente após apreensão dos R$ 51 milhões
Dinheiro estava guardado em apartamento emprestado por um amigo do peemedebista

05/09/2017- Após investigações decorrentes de dados coletados nas últimas fases da Operação Cui Bono, a PF chegou a um endereço em Salvador/BA, que seria utilizado por Geddel Vieira Lima como “bunker” para armazenagem de dinheiro em espécie. Foto: Policia Federal
A apreensão dos R$ 51 milhões encontrados em um apartamento emprestado por um amigo ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) motivou nova prisão do ex-auxiliar do presidente Michel Temer (PMDB). Ele cumpria prisão domiciliar em Salvador, na Bahia, e agora foi preso preventivamente. A prisão foi determinada pelo juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara, em Brasília. Ela ocorreu no curso da nova fase da Operação Cui Bono, que investiga fraudes na Caixa Econômica Federal. A PF também cumpre mandado de prisão preventiva contra Gustavo Ferraz, ligado ao ex-ministro, e três mandados de busca e apreensão. O dinheiro foi apreendido durante a operação Tesouro Perdido, nesta terça-feira (5).
A Polícia Federal chegou à casa de Geddel pouco antes das 6h e saiu depois das 7h, no banco de trás de uma viatura da PF. Meia hora depois, ele já estava em Brasília. O ex-ministro cumpria prisão domiciliar desde julho, porque o Estado da Bahia não tinha tornozeleira eletrônica para fornecer. Ele foi detido em decorrência das suspeitas de tentar interferir nas investigações da operação Cui Bono. Durante ação da Polícia Federal, na manhã desta sexta-feira, um vendedor ambulante postado à frente do prédio foi convidado a entrar, provavelmente para servir como testemunha, informa o G1.
Segundo o MPF, a nova fase da operação busca apreender provas de crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, e que as medidas são necessárias para evitar a destruição de provas. Na última terça-feira (5), a PF apreendeu R$ 51 milhões em um apartamento que seria utilizado por Geddel em Salvador. O dono do imóvel afirmou à PF que havia emprestado o imóvel ao ex-ministro para que ele guardasse pertences do pai, que morreu no ano passado.
Apartamento
O proprietário do apartamento em que a Polícia Federal (PF) encontrou R$ 51 milhões atribuídos ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, confirmou à Polícia Federal (PF) o empréstimo do imóvel a Geddel. O depoimento foi prestado, após intimação para depor, na sede da PF, na capital baiana. A confirmação foi dada pelo Superintendente da Polícia Federal na Bahia, Daniel Madruga. Segundo o delegado, Silveira teria emprestado o apartamento – localizado no bairro da Graça, em Salvador – a Geddel, para que guardasse os pertences do pai, que morreu no ano passado. Conforme relatou Madruga, Silveira disse não saber da real intenção do ex-ministro quando solicitou o empréstimo do apartamento.
A Operação Tesouro Perdido foi autorizada pelo juiz Federal Wallisney Oliveira, que viu indícios de fraudes na liberação de créditos na Caixa Econômica Federal (Caixa), entre 2011 e 2013, período em que Geddel era vice-presidente de Pessoa Jurídica. O montante encontrado dentro de malas e caixas no apartamento estava coberto apenas por um lençol, conforme relatou a PF. No dia da operação, na última terça-feira (5), a PF levou cerca de 12 horas para contar todas as cédulas, em máquinas de uma empresa de transporte de valores.
Os R$ 51 milhões já foram adicionados ao processo, que vai investigar a procedência do dinheiro e se tem mesmo ligação com Geddel Vieira Lima. Daniel Madruga a relatar a surpresa dos policiais, ao encontrar um grande volume de dinheiro, quando esperavam encontrar documentos.
Até o momento, a defesa do ex-ministro não se manifestou sobre a operação da PF. Geddel Vieira Lima cumpre prisão domiciliar em Salvador, no apartamento onde mora com a família.
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